Desmatamento na Amazônia e no Cerrado é principal causa de queda de gases
Nona edição do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima aponta que Brasil chegará à COP 26 com tendência de alta e desafios para implementar a redução prometida.
O Brasil continua a aumentar o total de gás carbônico (CO2) emitido para a atmosfera, mesmo tendo assumido compromissos de redução há mais de uma década, de acordo com mais recente edição do "Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima", o SEEG
A emissão de gases de efeito estufa está no centro da crise climática que levou países a adotarem o compromisso, no Acordo de Paris, de de estabilizar o aquecimento da Terra em 1,5°C neste século. "A janela para que isso ocorra, segundo o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), é estreita: o mundo inteiro precisaria derrubar suas emissões em 7,6% ao ano todos os anos entre 2021 e 2030", alertam os especialistas do SEEG.
O setor de mudança de uso da terra, representado em sua maior parte pelo desmatamento da Amazônia e no Cerrada, foi a principal fonte de emissão de gases do Brasil em 2020. Segundo o relatório do SEEG, se a Amazônia fosse um país, seria o nono maior emissor do mundo, à frente da Alemanha. Somado ao Cerrado, os dois biomas emitem mais que o Irã e seriam o oitavo emissor do mundo.
g1
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