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1ª Semana de buscas é marcada por críticas à ação lenta do governo com os desaparecidos na Amazônia

 


 Desaparecidos há 7 dias na Amazônia, a primeira semana de buscas pelo indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips foi marcada por críticas à atuação do governo federal, considerada lenta por entidades e parentes, em elaborar um plano de ação para encontrá-los.

 O Supremo Tribunal Federal Barroso (STF) determinou que o governo apresente nesta semana um relatório sigiloso contendo todas as providências adotadas e informações obtidas sobre o desaparecimento. Também nesta semana pode haver alguma novidade sobre o sangue encontrado na lancha de um preso suspeito por envolvimento no caso.

 Bruno e Phillips sumiram em Atalaia do Norte, próximo à Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas. A reserva é palco de conflitos como o tráfico de drogas, roubo de madeira e avanço do garimpo ilegal.

 Em viagem aos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro mencionou o caso em discurso na Cúpula das Américas e disse que o governo brasileiro faz uma "busca incansável" pelos dois. Antes, porém, ele já havia dito mais de uma vez que a viagem dos dois foi uma "aventura".

 Segundo o jornal The Guardian, para o qual Phillips colabora, ele viajou à região para fazer entrevistas para um livro sobre o meio ambiente no qual está trabalhando com apoio da Alicia Patterson Foundation. Há vários anos, o jornalista viaja à região a fim de relatar a crise ambiental brasileira e os problemas das comunidades indígenas.

 A ação do governo Bolsonaro foi criticada pelo Alto Comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, que a classificou como "extremamente lenta". O órgão pediu que os recursos e esforços disponibilizados nas operações de buscas fossem redobrados.


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