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Redução de produção de bicicletas e aumenta a de motocicletas no Polo Industrial de Manaus

 

Foto Divulgação

A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) revisou para baixo sua estimativa de produção de bicicletas e para cima as projeções de motocicletas para 2022 nas fábricas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM).

A nova perspectiva é fechar o ano com 750 mil unidades de bicicletas produzidas, volume muito próximo ao registrado em 2021 (749.320 bicicletas). A expectativa inicial anunciada era fabricar 880 mil bicicletas.

O vice-presidente do segmento de bicicletas, Cyro Gazola, afirma que o segmento registrou, em dois anos consecutivos, aumento significativo na demanda pelo modal utilizado nas mais diversas formas como transporte individual, instrumento de trabalho e lazer.

“Esse foi um movimento que aconteceu no mundo inteiro, principalmente no Brasil. Hoje passamos por uma nova realidade e estamos adaptando a produção para atender a nova demanda”, explicou. “As bicicletas de entrada, que tiveram um “boom” de vendas nos últimos dois anos, agora têm uma procura menor, enquanto os modelos de médio e alto valor agregado tiveram aumento significativo na demanda”, completa.

Diante desse cenário, as fabricantes estão trabalhando para ajustar suas linhas de produção e negociando com toda a cadeia logística para atender ao novo momento do mercado. Gazola explica que esse reajuste de produção, no entanto, não acontece de uma hora para a outra e requer um novo planejamento bastante minucioso.

Além disso, o segmento continua impactado pela escassez de peças e componentes, um problema global que atinge diversas fabricantes. Cerca de 50% dos insumos são provenientes de fornecedores mundiais, principalmente do continente asiático. Entre os componentes que estão em falta, destacam-se sistemas de freios, sistemas de transmissões, suspensões e selins.

Motocicletas

Segundo a Abraciclo, a nova perspectiva é produzir 1.320.000 unidades de motocicletas nas fábricas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM). O volume é 10,5% superior às 1.195.149 motocicletas fabricadas em 2021. A projeção inicial era de produzir 1.290.000 unidades, com crescimento de 7,9%.

O presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, aponta os fatores que levaram a associação a elevar a expectativa de produção. “As unidades fabris retomaram o ritmo das linhas de montagem e registram crescimento sustentável durante o primeiro semestre”, explica. “Somado a isso, temos um mercado com tendência de alta, com o avanço dos serviços de entrega (Delivery), o maior uso da motocicleta nos deslocamentos urbanos, além do fator aumento dos preços dos combustíveis”, complementa.

Com a nova previsão, o segmento de motocicletas deve ficar próximo aos patamares alcançados em 2014. Naquele ano, foram produzidas 1.517.662 unidades. “Mesmo com o aumento da expectativa de produção, seguimos atentos às diversas variáveis que poderão impactar negativamente o mercado, como a alta da inflação e o aumento da taxa de juros que reduzem bastante o poder aquisitivo da população. Além disso, estamos num ano eleitoral e, como acontece sistematicamente, isso gera muito estresse no mercado”, pondera.

A Abraciclo também revisou as projeções para vendas no varejo e exportações. A nova perspectiva é de que os licenciamentos alcancem 1.260.000 unidades, crescimento de 8,9% na comparação com o ano passado (1.156.776 motocicletas emplacadas). Para as exportações, a estimativa é de que sejam embarcadas 56.000 motocicletas, o que corresponde a uma alta de 4,7% em relação às 53.476 unidades exportados em 2021.

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