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No Amazonas é o segundo estado em número de inadimplentes no Brasil

 


O Amazonas foi o segundo estado brasileiro com mais inadimplentes em 2022, segundo Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa divulgado esta semana. 

O indicador apontou, pela primeira vez, uma queda no número de inadimplência no país que chegou a 69,4 milhões brasileiros em dezembro do ano passado - 405 mil pessoas a menos do que foi registrado no mês anterior.

No Amazonas, há 1.495.410 de pessoas nessa situação, com 5.489.100 dívidas que somam R$ 5.720.657.708,08.

O índice, segundo o gerente da Serasa, Thiago Ramos, coloca o Amazonas como o segundo estado do Brasil com mais pessoas adultas inadimplentes. Se levar em consideração a proporção no número de habitantes.

Ou seja, a população adulta do Amazonas que é 2.912.431 habitantes, 51,35% deste recorte esta inadimplente. O estado perde apenas para o Rio de Janeiro que tem 51,92% da sua população adulta endividada.

“É mais da metade dos adultos do estado em situação de inadimplência. Ele só perde pro Rio de Janeiro, que ultrapassa o estado do Amazonas apenas no segundo semestre de 2022. Porque, infelizmente, o Amazonas sustentava essa liderança de inadimplência do país por mais de um ano. Agora, está em segundo”, contou Ramos.

O gerente da Serasa destacou ainda que o principal causador das dívidas dos amazonenses é o varejo; seguido das dívidas de bancos e cartões de crédito.

“As características de inadimplência do Amazonas que diferem do restante do país. Em primeiro lugar no Amazonas estão as dúvidas de varejo com 26%. Diferente do Brasil que o primeiro lugar das dívidas do país são os bancos e cartões de crédito. Em segundo lugar dos responsáveis pelas dívidas dos amazonenses vem os bancos e cartões, com empréstimo pessoal e financiamentos; e em terceiro lugar no Amazonas estão as contas básicas, como água, luz e gás”, explicou o gerente.

Nome limpo

A queda da inadimplência em dezembro ocorreu em meio ao pagamento do 13º Salário e durante as negociações do Feirão Serasa Limpa Nome, que disponibilizou mais de 250 milhões de ofertas. Com descontos que chegavam a até 99%, a ação permitiu que 8,4 milhões de acordos fossem fechados entre novembro e dezembro – o maior número de negociações da história da Serasa. O volume de descontos concedidos no período chegou a mais de R$ 10 bilhões.

“As pessoas que receberam o auxílio ou 13º salário, mais da metade usariam o dinheiro para negociar dívidas. No estado do Amazonas 329 mil pessoas negociaram dívidas que giraram em torno de R$ 1,273 milhão. Ou seja, dá uma média de 4 dívidas renegociadas por amazonense”, detalhou Ramos.

Canais de atendimento

 Os consumidores que buscam renegociar suas dívidas na plataforma Limpa Nome podem acessar os seguintes canais digitais:

· Site: http://www.serasalimpanome.com.br

· App Serasa no Google Play e App Store

· Ligação gratuita 591 1222

· WhatsApp 11 99575–2096

Além destes, a Serasa também realiza renegociações por meio das agências dos Correios. Esse canal é voltado para pessoas que não tem acesso aos canais digitais.

“Não tem só canal digital como o site e o aplicativo. Existe também uma parceria firmada com os Correios. Todo brasileiro pode ir em uma agência dos Correios e negociar sua dúvida. É justamente aquela população que não tem facilidade em acessar os canais digitais, basta ir com o CPF na mão em uma agência dos correios e negociar sua dívida que também tem o acesso aos mesmos descontos e parcelamentos que tem no site e no aplicativo”, acrescentou.

Educação financeira

Thiago aproveitou o momento para  explicar que um dos principais causadores de dívidas ainda é a carência de educação financeira que o brasileiro tem.

“É um tema sensível, pois é a educação financeira. Um tema que não é presente na vida do brasileiro. Não está na grade curricular das escolas públicas e em poucas escolas privadas. Ela surge em nossas vidas quando o adolescente vai conseguir o primeiro emprego, abre a primeira conta no banco, recebe o primeiro cartão aí já estoura tudo e acaba ficando inadimplente. Ainda é um tabu entre as famílias”, comentou Ramos.


Segundo o gerente da Serasa, o número de pessoas que realizam planejamento fincamento aumentou para 40%. Entretanto, esse índice ainda é preocupante pois mais da metade não se preocupa com os gastos trazendo em consequência dívidas que não pode pagar.

“A Serasa fez uma pesquisa comparando 2020 com 2021, que foram os dois anos do auge da pandemia. Foram entrevistados 3 mil pessoas e 20% deles faziam planejamento financeiro que é anotar tudo o que recebe e tudo o que gasta - primeiro mandamento da educação financeira. Agora de 2021 para 2022, esse número dobrou para 40%. Mas ainda assim percebemos que a maioria dos brasileiros não tem costume planejar os gastos financeiros”, ressaltou.

Combate a fraudes

Thiago ressalta também que a Serasa não aborda os consumidores oferecendo descontos para quitar dívidas e “limpar o nome” por SMS, Whatsapp ou e-mail. O consumidor deve ficar atento para não cair em golpes.

“Quando fazemos os feirões, o número de fraudadores aumenta também. Nesse ano está continuando a ocorrência no mês de janeiro em uma taxa alta. O fraudador aborda o consumidor por Whatsapp e às vezes por email e SMS falando que vai ter um boleto para o consumidor limpar seu nome após de pagar. Se isso acontecer, não tenha dúvida, é fraude. A Serasa não aborda ninguém, o consumidor precisa procurar atendimento”, finalizou 


*Acrítica 

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