Prefeito diz que tarifa de ônibus é "bola de neve" e não descarta reajuste
(Foto: Giovanna Marinho) |
O prefeito David Almeida não descartou um aumento da passagem do transporte coletivo em Manaus para reduzir o subsídio pago pela Prefeitura ao sistema. A declaração ocorre um dia após o Sindicato dos Rodoviários marcar para a próxima quarta-feira (17) uma greve em resposta à falta de acordo do pagamento do dissídio (reajuste salarial) da categoria.
Segundo ele, a greve é um “problema de patrão e empregado” que a prefeitura sempre é chamada a resolver o que virou uma “bola de neve” para o governo municipal.
“A única cidade do país que não aumentou a tarifa de ônibus nos últimos sete anos foi a cidade de Manaus. Para que o transporte coletivo se pague, eu reuni essa semana (com o Sinetram), sabe de quanto seria a tarifa? R$ 7,53. Nós pagamos para manter o sistema R$ 7,52. Sendo que hoje nenhum aluno da rede estadual e municipal paga passagem”, declarou.
Atualmente a prefeitura paga cerca de R$ 400 milhões de reais ao ano para subsidiar os sistemas de transporte coletivo na capital. O valor é o segundo maior dentre as capitais brasileiras. Questionado sobre a possibilidade de aumento da tarifa de ônibus, o David reforçou a informação de que somente Manaus não aumentou o preço da passagem, mesmo em meio à alta da inflação e dos combustíveis.
“Todas as cidades do Brasil aumentaram a passagem, eu fui fazer um levantamento e em 2017 o diesel era R$ 2,64, já chegou a R$ 7. O salário que antes era mil e pouco hoje está em três mil. A inflação desse período chegou (a um aumento de) 68%. Não tem como manter. Eles que encontrem um caminho e tragam uma proposta pra gente avaliar”, declarou o prefeito.
Em assembleia geral, que ocorreu em dois horários distintos pela manhã e tarde, de quinta-feira, o sindicato dos rodoviários declarou greve por unanimidade. Se até terça-feira dia (16) Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) não der uma resposta sobre o dissídio coletivo da categoria afirma que vai parar.
“O mês de abril notificamos todos os órgãos competentes sobre o dissídio coletivo da nossa categoria, nem uma resposta foi dada, a greve é nosso último recurso, não é oque queremos, mas se não tiver outra alternativa, os trabalhadores decidiram parar o transporte coletivo na próxima quarta-feira dia 17/05. Como falei, tentamos resolver de forma harmoniosa, mas não tivemos sucesso, agora não tem mas jeito, a assembleia foi feita, e os trabalhadores estão decididos em parar e buscar oque é seu por direito “ disse Givancir Oliveira presidente do sindicato dos trabalhadores rodoviários de Manaus.
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